quarta-feira, 3 de junho de 2009

Sol

Quando era pequena achava que o sol brilhava só para mim, cheguei até a por em questão se os outros também o veriam ou se não passava apenas de uma ilusão através da qual eu reflectia o meu estado de espirito, aperecendo quando me sentia feliz e escondendo-se por entre as nuvens quando me sentia triste. Quando percebi que não era bem assim não me desiludi, pelo contrário, gostei bastante da ideia de partilhar algo tão belo e lumioso com os meus amigos.
O sol nunca deixou de ser meu e sempre teve a capacidade de me fazer sentir uma criança irrequieta quando chama por mim, ''pequeninaaa'' - grita ele.
Gosto tanto quando ele me envolve, quando me aconchega com o seu calor. O seu sorriso, o seu olhar teem uma capacidade unica de me acalmar de me fazer sentir segura, mesmo sem dizer uma palavra, eu sei que ele está lá comigo, apesar da distância que vai daqui ao ''céu''.
Mas ás vezes não sei, ele anda demasiado tempo escondido. Á tantos dias em que necessitava de um raio da sua luz, e ele não vem. Muitas vezes, procuro-o por entre as nuvens mas nem sempre ele está lá, outras vezes ignoro-o, finjo não sentir falta e espero que ele a sinta mas entristeço por ver que ele não a sente ou que simplesmente me esqueceu por tempo indefinido. E aí? Ai sinto-me sozinha, e acabo procurando refugio em estrelas, de quem o sol sente ciúmes, a quem ele acusa de me ''levar''.
Quando será que o sol vem para ficar? Será que alguma vez me dirá que gosta tanto de mim no Inverno como no Verão, onde ele está lá sempre para me proteger e aconchegar?


Amo-te Sol, melhor amigo.

P.S.- Não deixes de brilhar assim tão subitamente, porfavor.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Fala-me de ti, sinto saudade.

Necessidade de te sentir, perto. Fala-se tanto em saudade.
Lá por ser uma palavra unica, imposivel de traduzir, numa só palavra, noutras linguas quer dizer que se torne celebre entre nos?
Parece que sim. Entre tu e eu foi uma constante, pelos menos.
Fala-me de ti. Fala-me da saudade que sentes e do que a provoca.
Sim, eu sei. É o amor, é sempre ele.
Porque tem sempre de ser ele a interferir nas nossas vidas? Porque tem de ser sempre ele o causador/o culpado? Diz-me... O porquê de nos sentirmos assim?
Mas vá, fala-me de ti. Não? Porque não? Só mais um pouco, porfavor.
Fala-me de ti, acalma-me a saudade.
Ás vezes, deixo que ela me domine. E dói, sabes? Dói ser invadida por um choro compulsivo, causado pela saudade, impossivel de cessar. Dói fechar os olhos, sentir o calor do teu abraço, sentir o teu toque e, ao abri-los, já não estares. Mas, na verdade, nunca estiveste.
Eu posso até jurar ter ouvido a tua voz,quando me sussuras-te ao ouvido ''amo-te''. Eu posso jurar, na realidade, eu ouvi. Porque a saudade não impediu que no meu consciente eu o recordasse, porque a vontade de te sentir e de te ter aqui comigo foi superior a toda a saudade.
E posso dizer que fui feliz, por segundos, enquanto mantinha os olhos fechados. Enquanto te ouvia e sentia em mim.
Posso dizer que sou feliz. Na verdade, sou mesmo capaz de até o ser. Sim, até sou feliz.
Pelo menos, nos momentos contigo. Pelo menos, quando estás mesmo não estando. Pelo menos, quando te sinto. Pelo menos, quando fecho os olhos. Pelo menos, quando acredito estares. Mas, sou muito mais feliz, quando efectivamente o estás !
E tu ? Tu és feliz ?
Fala-me de ti, só mais um pouco. Só mais uma vez.

segunda-feira, 23 de março de 2009

novelo da vida

Olhar para trás e ver o que já passou... Sentir o vento bater-me no rosto e as lágrimas salgadas percorrerem-no. Num livre e suave gesto levo a mão á cara e limpo-as.

Vivemos todos dentro de um grande novelo. Sim, vivemos. O da tua vida rebola com vez mais intensidade, estás a perder-los. Os amigos que sempre estiveram contigo. Estás a perde-los. Promete-me que nunca te perderás a ti. Porque o que mais importante que existe nesse novelo és tu. Ser que sempre foi tanto para mim. Eu sempre fui pegada a ti, eu sempre procurei sentir-te junto de mim. Ao pé de mim.
Ao olhar para tras revejo o tempo, o nosso tempo. Tu davas-me a mao e percorriamos todos os caminhos juntos. De mão dada. Sorrindo.
O céu era azul e nem a chuva me dava frio, porque os teus braços abraçavam-me logo ao primeiro arrepio.
E gosto de ti. Gosto de ti como se fossem os nossos tempos. Porque nada apaga o que fomos. Eu sou ainda parte enorme do que fomos. Nós somos parte do meu crescimento. As tuas maos foram a segurança nas minhas quedas.
Faz com que esse novelo abrande. Pensa. Pára um pouco.
Sonha. Imagina. Revive.

domingo, 22 de março de 2009


"O segredo da felicidade é ter gostos simples e mente complexa, o problema é que a ideia é simples e gostos são complexos".

sábado, 14 de março de 2009

Eu nunca fui pessoa para desistir, mesmo que as coisas ficassem muito mal eu tentava vencer. Mas desta vez não consigo.
És diferente. Não consigo.
Por muito parvo que tenha parecido senti-me perto de ti.
Mas as histórias nem sempre têm de acabar bem, algumas vezes temos de acabar de maneira diferente em vez de um “…casaram e viveram felizes para sempre” podemos ter um “…acabaram e viveram felizes para sempre”.
O problema é que a cada dia que passa, a cada manha espero pelo nosso ‘’felizes para sempre’’ e sinto que ele está tão longe de parecer real.
Por estranho que pareça eu até já tinha delineado um futuro para nós, mesmo a curto prazo, eu tinha-o feito. Era contigo que eu me sentia bem, era contigo que eu sorria mais e melhor, era contigo…
O ‘’nosso tempo’’ foi um bom tempo. Eu fui mais eu, eu mudei, aprendi a ser mais sincero, penso que até comigo mesmo, a mostrar mais o que sou, a demonstrar o que sinto. Não sei como o fizeste, mas gostei da sensação de te sentir presente até na ausência. Hoje, é só ausência. Hoje não passa de um vazio que deixaste em mim. Mas espero que saibas que estou aqui para alguma coisa que precises mesmo depois de teres feito tanta coisa para me magoar. Não consigo ir te contigo e falar-te como antes… Mas tenta tu…
Agora ando á procura de quem me consiga preencher esse vazio, sei que vai ser difícil mas não vou voltar a desistir. Por muita gente que conheça muito poucas me entendem, me aconselham, e não me olham de lado. Sim, também fiquei mal visto por ter acontecido isso… pelo menos foi o que senti. Mas sei que também os meus verdadeiros amigos estiveram ao meu lado para o que acontecesse.
Já passou… E hoje, é com eles que vivo o meu "feliz para sempre".


Rui Tinoco, Patricia Girão.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Bárbarapédia


Talvez comece por pedir desculpa. Tenho medo que de certa forma sintas que nos ''aproveitamos'' de ti. Pedimos sempre coisas, ajuda. Mas sim, nós sabemos que não és uma enciclopédia.

Tenho por ti o maximo de respeito, o topo da admiração.

E sim, obrigada. Mesmo sem te aperceberes tens feito muito. Tenho ainda a imagem de te ver a chorar e perguntar ''o que se passa Barbara?'' e tu como sempre, mantens a postura levantas a cabeça e afirmas, ''foi só um dia mau, Patricia, só um dia mau''. Tenho-te em mim, por isso mas não só, como uma pessoa forte, tão forte.

Amo-te. Estou cá para te ajudar a superar os dias maus.






segunda-feira, 2 de março de 2009

Desabafos I

Cigarro deitado fora e deixado no chão a queimar o que ainda lhe restava. Deixado só, na escadaria cinzenta de pedra, á porta da estação de onde te vi partir.
Tenho ainda em mim a imagem de ti a virar costas e entrar no edificio, enquanto o meu carro se afastava, e eu, olho para trás na esperança de que voltes.
Por partires eu perdi a graça. Eu passei a ser apenas eu. E, a falta que me fazes.
Levanto a cabeça e avalio a sala onde me encontro, com outras 26 pessoas, que não me dizem nada comparadas a ti. Paredes bejes. Agora reparo na parede do lado direito há uma mancha verde, nela. Um verde só, no meio de tanto beje. Talvez aquele verde seja eu. Na verdade, sinto-me aquele verde.
Verde a todos lembra esperança a mim, hoje, é apenas solidão. Sinto-me tão nada a fazer parte de um mundo tão tudo. É nele que crescemos, todos dizem. Mas, a minha perspectiva é de que é ele que nos faz crescer.
Sim, crescemos porque somos obrigados a faze-lo, não por alguém definido, simplesmente pela vida ! SIM, basta ela para nos fazer mudar.
Já á algum tempo que não me sinto forte como em tempos me lembro de ter sido. Hoje, todos os dias caí uma lágrima, porque te deixei escapar sem sequer me aperceber de que o fiz.
Digo-te que crescemos. Criticas-me! Mas sim, não tenhas dúvidas de que crescemos, não da mesma forma, bem sei. Tu não merecias. Sinto-me culpada. Tu própria me culpas. Embora todos me tentem dizer que não a tenho, eu sinto-a. A culpa.
Quero ser forte, outra vez.
Quero deixar de ser mancha verde.
Quero deixar de ser o cigarro na escadaria.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

C

Não foram 3 dias, foram práticamente 3 meses... e tudo acaba.
É mesmo ?
É.
Não voltas?
Não.
E depois disto desilusoes, insultos, uma perca de respeito que, eu acho, os quase 3 meses nao mereciam este final. Sim, sei que foram precisos os dois, mas levas-te as coisas a um extremo que me desiludiu.
Tu tornaste-te até a ''minha'' menina. Por o fazeres feliz, fizeste-me feliz. Custa usar o passado enquando recordo as nossas tardes a 4, o nosso pedaço a 2as. Na altura eu achava bem, custou-me a aceitar, e tu sabes, mas com o decorrer tudo parecia bater certo. Hoje sinto ter vivido uma completa ilusão. O que viste nele ? Terá sido apenas um rapaz mais velho?
Ele é muito mais! Ele é uma pessoa, que gostou tanto mas tanto de ti, hoje tras com ele as recordações e a dor da desilusão. Mas no que depender de mim, passará todo o tempo a sorrir. Porque deixas-te de merecer qualquer uma das lagrimas dele.
Ele merecia mais e melhor. Tu, própria, eras capaz de mais e melhor. Continuo a acreditar.

''Não me julgem nem se metam na minha vida porque não me conhecem''
Tens razão. afinal eu não te conheço, pensava que sim. Só isso.

Sim, tenho algumas saudades tuas, não o nego. Mas ele merecia mais, merecia muito mais...