quarta-feira, 3 de junho de 2009

Sol

Quando era pequena achava que o sol brilhava só para mim, cheguei até a por em questão se os outros também o veriam ou se não passava apenas de uma ilusão através da qual eu reflectia o meu estado de espirito, aperecendo quando me sentia feliz e escondendo-se por entre as nuvens quando me sentia triste. Quando percebi que não era bem assim não me desiludi, pelo contrário, gostei bastante da ideia de partilhar algo tão belo e lumioso com os meus amigos.
O sol nunca deixou de ser meu e sempre teve a capacidade de me fazer sentir uma criança irrequieta quando chama por mim, ''pequeninaaa'' - grita ele.
Gosto tanto quando ele me envolve, quando me aconchega com o seu calor. O seu sorriso, o seu olhar teem uma capacidade unica de me acalmar de me fazer sentir segura, mesmo sem dizer uma palavra, eu sei que ele está lá comigo, apesar da distância que vai daqui ao ''céu''.
Mas ás vezes não sei, ele anda demasiado tempo escondido. Á tantos dias em que necessitava de um raio da sua luz, e ele não vem. Muitas vezes, procuro-o por entre as nuvens mas nem sempre ele está lá, outras vezes ignoro-o, finjo não sentir falta e espero que ele a sinta mas entristeço por ver que ele não a sente ou que simplesmente me esqueceu por tempo indefinido. E aí? Ai sinto-me sozinha, e acabo procurando refugio em estrelas, de quem o sol sente ciúmes, a quem ele acusa de me ''levar''.
Quando será que o sol vem para ficar? Será que alguma vez me dirá que gosta tanto de mim no Inverno como no Verão, onde ele está lá sempre para me proteger e aconchegar?


Amo-te Sol, melhor amigo.

P.S.- Não deixes de brilhar assim tão subitamente, porfavor.