"A vinculação é uma necessidade primária e vital como a água, o sono e a comida. Um bebé que se sente protegido terá muito mais hipóteses de se tornar um adulto seguro de si e capaz de amar e de se sentir amado. Várias pesquisas revelam que as crianças seguras em relação aos seus pais choram menos e são mais persistentes na exploração do ambiente. Já as inseguras são mais submissas ou agressivas.
(...)
O ser humano é aquele que está menos dotado para viver sozinho e, assim, essa imaturidade é o ponto de partida para a necessidade de envolvimento social com o meio externo. A função da primeira vinculação é a de sobrevivência, não física, mas como vivência e aquisição daquilo que é específico da espécie humana e isto só acontece através da relação interpessoal onde se cria e se constrói relações afetivas entre os seres humanos e através da qual se estabelece a capacidade de relação interpessoal. "
Nunca pensei que fosse levar a vinculação tão a sério, sempre achei que para além dos estudos ela só se mostraria na infância ( da qual nem me lembro bem). Afinal, a psicologia ainda tem a capacidade de me surpreender. Ou serás tu? Ou seremos nós que conseguimos ir para além da própria ciência do Homem?
Há dias em que não dá para ser de outra forma, alturas em que a paranóia de te ter comigo supera tudo, momentos em que pensar em ti em outro lugar me consome por dentro, como se me matasse lentamente.
Se ao menos fosse fácil e eu me contentasse em pensar só em ti e sorrir, como nos primeiros tempos. Mas não, agora quero-te de uma forma obsessiva. Tão obsessiva que até eu própria chego a ficar assustada, quando penso bem. Mas lá está, pensar consome-me!
Antes era tão fácil ser feliz, agora só queria levar-te para uma ilha deserta comigo. De onde não pudesses fugir, onde a vida permitisse que estivéssemos juntos 24h por dia. Sem actividades que nos pudessem afastar mais do que a vista alcança.
MEU DEUS! Será isto pecado? Estarei eu a tornar-me numa pessoa demasiado obsessiva?
Já nem me reconheço nesta versão. Sempre pensei que 4 anos depois, o amor estivesse estagnado, transformado em uma paixão semelhante a um ritual de amizade rotineira. Mas não! Mais uma vez temos de ser diferentes dos outros. Eu quero mais e mais, como se fossemos crianças, como se tivéssemos começado a nossa relação ontem e quiséssemos aproveitar todos os milésimos de segundo para estar juntos, por julgarmos que o mundo acabará hoje mesmo.
Oh amor, eu gosto de ti como nunca julguei ser possível amar alguém aos 15,16, 17, 18, 19 anos... Mas esta dependência começa a matar-me aos poucos. Não quero abdicar de ti, por nada, nem por mim. Aconteça o que acontecer.
(vou dar-te espaço.)
Até Amanha, Homem da minha vida
(ups, até amanha.)
Amo-te.
Tentei Fugir de mim
não dá mais.
quinta-feira, 7 de junho de 2012
sábado, 24 de março de 2012
sábado, 18 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Hoje perdi uma das pessoas que mais me fez feliz nos meus melhores anos de adolescência. E, aposto que todos estão a pensar que falo de um velho (caquético!) qualquer, mas não. Estou a falar de um jovem adulto, um amigo, um rapaz... Que desafiou o "percurso normal da vida", tão especial que, até na sua partida, ele "quis" (tenho certeza que não era este o desfecho que querias) ser diferente.
João Afonso Portugal, sei que te lembras que me pedias "nunca me deixes, preciso de ti", mas afinal o safado que partiu foste tu. No entanto, eu sinto-te aqui. Como sempre fui sentindo, nestes anos em que a nossa amizade deixou de ter a visibilidade de antigamente. Na verdade nunca pensei reagir assim à tua partida, porque nunca pus a hipótese da sua ocorrência. Pelo menos agora.
Levei-te uma flor (como muitos outros), à qual eras alérgico... (e acho que te ias rir desse facto). E passei a mão no teu rosto, já frio e pálido, mas senti-te. Senti que não podia deixar de fazê-lo, senti que estes anos, que nos afastamos mais, foram um desperdício de tempo e não queria deixar NADA mais por fazer.
Sabia que TINHA de estar ali e achei também que a minha presença, comprovar que eras tu (porque a esperança de um engano prevaleceu até ao último segundo) iria acalmar-me a dor e encerrar um ciclo. No entanto, a ferida continua bem aberta e parece que carregaram nela. Está a doer tanto agora, e sinto que veio para ficar...
Quando o meu avó morreu, à uns meses atrás, custou muito(!) mas a conformação acabou por chegar... Ele já tinha uma idade, e a doença estava a fazê-lo sofrer demasiado (a ele, e a nós em vê-lo assim). Mas tu, tu és diferente. Tu estavas a viver, tínhamos acabado de entrar na faculdade, tínhamos o mundo nas mãos e um futuro risonho pela frente. MERDA PARA AS MOTAS E OS MUROS, que não te deixaram cumprir a promessa.
E não, TU NÃO MERECIAS nada disto. Tu és (eras, ainda não sou capaz de falar de ti no passado) uma das melhores pessoas que conheço.
Não, NINGUÉM morre aos 18 anos.
Adoro-te, "em qualquer altura em qualquer lugar" <3
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
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